O fumo denso gerado pelos incêndios na Sibéria está a gerar problemas de saúde para as populações locais.
Em Novosibirsk, na Rússia, o fumo adensa-se sem perspetiva de passar. Percorreu centenas de quilómetros ao longo da Sibéria, vindo de outras zonas da região, onde os incêndios não dão tréguas, e começa a ter efeitos na saúde da população local.
Renad Yagudin, do Centro hidrometeorológico de Novosibirsk, explica que "o fumo não desaparece porque o tempo está muito seco e os ventos estão muito fracos".
A poluição na cidade tem levado várias pessoas ao hospital. Foi o caso de Raisa Brovkina, uma habitante local, que, devido ao cheiro muito forte do fumo, se sentiu sufocar e ficou tonta.
A ameaça dos incêndios e da poluição já levou ao corte de estradas e ao cancelamento de voos.
As autoridades russas combatem desde junho mais de 100 incêndios. No total, estes fogos, que os cientistas consideraram "sem precedentes", já afetaram mais de 2 mil e 300 milhões de hectares do território russo, uma área superior à do território de Israel.