Dois tiroteios fizeram 30 mortos no espaço de apenas 13 horas.
Em apenas 13 horas, os Estados Unidos viveram uma escalada mortífera, com dois tiroteios que fizeram um total de 30 mortos, em dois pontos distintos do país. Foi um fim de semana sangrento que faz aumentar as críticas à liberdade de porte de arma no país.
Em El Paso, no Texas, junto à fronteira mexicana, um homem abriu fogo num centro comercial e matou 20 pessoas, na maioria de origem hispânica. O atirador foi detido e identificado como Patrick Crusius, de 21 anos, que antes do crime deixou escrito um manifesto racista. O caso será tratado como terrorismo.
O governador do Texas fala também em "crime de ódio" e apelou à unidade: "Estamos unidos no apoio a esta comunidade e nos esforços para fazer tudo ao nosso alcance para ajudar as vítimas. Quero agradecer aos socorristas e à polícia pela forma como trataram o caso e como asseguraram que o atirador não iria ferir mais ninguém", disse Greg Abbott.
Dayton, no Ohio, foi palco de outro episódio violento. Um homem com uma arma automática terá morto nove pessoas em menos de um minuto, na baixa da cidade. A intervenção rápida da polícia evitou um balanço mais grave.
"Isto mostra que a vida pode mudar num piscar de olhos. Estávamos a divertir-nos, ninguém estava à espera disto. Isto prova que as armas não devem andar assim por aí. É assustador. Tenho filhos, só queria ir para casa e podia não ter chegado a casa só porque tinha ido divertir-me", conta Anthony Reynolds, testemunha do tiroteio.
O atirador foi imediatamente morto pela polícia. A identidade não foi revelada e desconhece-se a motivação para a carnificina.