Protestos contra conferência nacionalista em Lisboa

Protestos contra conferência nacionalista em Lisboa
De  Maria Barradas  com Reuters

Centenas de pessoas protestaram, em Lisboa, contra a conferência de movimentos nacionalistas. Vários milhares assinaram uma petição no Facebook.

A reunião, em Lisboa, de organizações de extrema-direita da Europa, desencadeou uma manifestação de protesto de centenas de pessoas e uma petição nas redes sociais, com milhares de assinaturas.

O líder da Nova Ordem Social, Mário Machado, considerou o protesto útil à causa nacionalista:

"Nós respeitamos as suas manifestações. Achamos que eles as devem fazer. Até nos têm ajudado imenso porque dão muita visibilidade à nossa conferência, até gostávamos que sempre que fizéssemos um evento eles se manifestassem, seria extremamente positivo. Nós acreditamos, realmente, na liberdade de expressão".

O Bloco de Esquerda (BE) está entre as vozes mais críticas da autorização da realização do evento na capital portuguesa. A deputada Isabel Pires refere tudo o que representam os movimentos nacionalistas:

"Não deveria ser aceitável no nosso país que se autorizassem concentrações que trazem, de vários países, movimentos xenófobos, movimentos racistas, movimentos abertamente fascistas e, portanto, do nosso ponto de vista, isto não deveria ser permitido. Já tivemos oportunidade de o dizer e nesta manifestação também reforçamos essa posição."

O protesto surgiu através de um manifesto na rede social Facebook por parte da Frente Unitária Antifascista. A petição pública eletrónica "Contra a conferência Neonazi do dia 10 de Agosto em Lisboa", tinha reunido até sexta-feira à tarde, véspera do evento, 8920 assinaturas.

À margem da conferência, Mário Machado explicou à agência Reuters que "os movimentos de extrema-direita têm vindo a expandir-se na Europa e Portugal é a exceção. Os líderes da Nova Ordem Social querem participar neste movimento internacional que se espalha na Europa".

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