O executivo apresentou um pacote de medidas económicas, após o resultado das eleições primárias do passado domingo, onde se inclui o aumento do salário mínimo, que irá beneficiar cerca de dois milhões de trabalhadores
Depois da derrota nas eleições primárias, o governo argentino apresentou um pacote de medidas económicas, após o resultado das eleições primárias do passado domingo, onde se inclui o aumento do salário mínimo, que irá beneficiar cerca de dois milhões de trabalhadores.
Para definir a percentagem deste aumento, o executivo vai convocar o Conselho Nacional de Emprego, Produtividade e Salário Mínimo, no qual vão participar o Estado, as empresas e os trabalhadores.
As medidas preveem ainda apoios para as pequenas e médias empresas.
“Queremos ajudá-las porque reconhecemos o seu valor e sabemos as dívidas que têm”, indicou o Governo, citado pela agência EFE.
Nesse sentido, será implementado um plano que vai permitir às empresas pagar em dez anos as dívidas fiscais.
Paralelamente, o executivo também anunciou o congelamento do preço dos combustíveis por 90 dias.
O Presidente da Argentina, Mauricio Macri, obteve 32% na eleição de domingo, enquanto Alberto Fernández registou 48% dos votos.
"Sobre o resultado das eleições, saibam que eu os entendi. Isto que aconteceu foi pura e exclusivamente minha responsabilidade e da minha equipa do Governo", declarou o Presidente, antes de anunciar as medidas que se destinam a "17 milhões de trabalhadores e suas famílias".
Das dez listas de candidatos à Presidência, assim como para as listas de candidatos às legislativas – em outubro será renovada metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado –, apenas terão acesso às eleições gerais as que receberem pelo menos 1,5% dos votos nestas primárias.
De acordo com as sondagens, em outubro, a escolha dos argentinos vai ser entre a reeleição de Macri ou o regresso da ex-Presidente Cristina Kirchner, agora como vice de Fernández.
O objetivo das denominadas Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO) era que os eleitores escolhessem diretamente os candidatos presentes no escrutínio presidencial de 27 de outubro. Na prática, todos os candidatos foram escolhidos pelos partidos.
Mercados sentem
O peso argentino continua em queda face ao dólar, pela terceira sessão consecutiva, mesmo depois do governo ter apresentado o pacote de medidas.
A moeda local voltou assim a desvalorizar-se em comparação com o dólar norte-americano que, segundo o Banco da Nação da Argentina, ao início da sessão, valia 61 pesos, mais três do que o valor apurado no final da sessão anterior, noticia a agência EFE.