António Pestana Drumond trocou o futuro quase certo de venda de doces e bolachas no país por uma vida na selva
Na Venezuela, há animais que respondem à ordens de António Pestana Drumond, nem que seja para dançar para os turistas.
O português realiza há 25 anos expedições às regiões de selva do Delta Amacuro e do Parque Nacional Canaima, no leste do país. Ganhou raízes tão profundas que os indígenas o chamam de "Rambo". Já foi "Indiana Jones" e "Tarzan."
"Das expedições que me marcaram, uma das mais difíceis ou que deixou uma marca maior talvez tenha sido a de servir de guia para cegos. Tive de ser treinado. Quando estamos a ser treinados para ser guias a primeira coisa que dizemos às pessoas é para verem um lugar ou para admirar determinada coisa. Com pessoas com cegueira não podíamos fazer isso", sublinhou António Drumond.
Navegar pelas águas do rio Orinoco, fazer caminhadas pela selva e ficar a conhecer mais sobre o modo de vida da comunidade indígena "warao" são alguns dos atrativos das expedições organizadas por António Drumond.
O português começou por promover o turismo da ilha Margarita antes de ir viver para a selva para assegurar, inicialmente, viagens diárias para o arquipélago de Los Roques e outros destinos.