Macron e Putin otimistas relativamente ao futuro da Ucrânia

Macron e Putin otimistas relativamente ao futuro da Ucrânia
De  Bruno Sousa
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Chefes de Estado francês e russo reuniram esta segunda-feira na residência oficial de férias do Presidente gaulês

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Emmanuel Macron e Vladimir Putin estiveram reunidos esta segunda-feira na residência oficial de férias do presidente francês e apesar do tom descontraído e bem disposto, nem por isso se deixaram de discutir alguns temas chave da atualidade internacional.

Ambos sublinharam a amizade e o bom relacionamento histórico entre os dois países, no entanto o chefe de Estado francês não deixou de lançar uma provocação.

Em referência às manifestações pela democracia que têm provocado várias dores de cabeça a Putin, o presidente francês referiu simplesmente que "a Rússia é europeia e merece o seu lugar na Europa dos valores. E é precisamente por isso que pedimos à Rússia para respeitar a liberdade de protestar, de manifestar uma opinião, de concorrer em eleições... acredito nesta Rússia europeia."

Já o Presidente russo preferiu limitar-se aos temas em cima da mesa. Justificou a participação russa no conflito sírio com a necessidade de combater o terrorismo e mostrou abertura para negociar uma solução para a Crimeia:

"Claro que vamos discutir a situação no leste da Ucrânia, na região de Donbass. Colocarei o senhor Macron a par dos últimos contactos mantidos com o novo Presidente da Ucrânia. Há muito por discutir mas a situação inspira um otimismo moderado. Do meu ponto de vista, não há alternativa ao Formato Normandia e obviamente que o apoiamos."

O Formato Normandia prevê que a solução permanente para o conflito que persiste desde a anexação ilegal da Crimeia por parte dos russos em 2014 seja discutida entre representantes de quatro países, Rússia, Ucrânia, França e Alemanha.

O encontro entre Macron e Putin surge como aperitivo para a cimeira do G7 que se irá realizar no próximo fim de semana na cidade francesa de Biarritz. A participação da Rússia na cimeira está suspensa desde 2014, precisamente devido ao estalar da guerra na Crimeia.

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