O partido da extrema-direita da Alemanha, AFD, deverá ter resultados muito próximos dos partidos tradicionais, nas eleições da Saxónia e Brandeburgo.
Os partidos tradicionais na Alemanha sustêm a respiração este domingo, à espera dos resultados das eleições nos estados da Saxónia e Brandeburgo.
As sondagens perspetivam uma forte ascensão do AFD - Alternativa para a Alemanha -, o partido da extrema-direita.
Na Saxónia, tradicional bastião dos democratas cristãos da CDU, Angela Merkel absteve-se de participar na campanha eleitoral.
As sondagens dão, apesar de tudo, uma ligeira vantagem à CDU, mas pode haver surpresas.
O AFD tem capitalizado eleitorado sob as temáticas da imigração e do encerramento das minas de carvão, com as mudanças energéticas anunciadas pelo governo.
A cumprirem-se as sondagens a aliança CDU/ SPD não será suficiente para governar. Outras forças terão de entrar na coligação.
Em Brandeburgo, o SPD que lidera a coligação governativa, está taco a taco com o AFD. Uma derrota nesta eleição será um novo golpe duro para o partido, sem liderança desde o desaire eleitoral das europeias. O líder do SPD demitiu-se em junho, após as eleições para o Parlamento Europeu e, ao nível nacional, o partido está a ser penalizado pela governação com a CDU e não é creditado com mais de 15% de apoio.
Os delegados social-democratas devem eleger um novo líder em dezembro, que terá como primeira missão avaliar a parceria governamental com os conservadores.
Um colapso da coligação CDU/SPD pode desencadear uma eleição federal antes de 2021, uma opção pouco favorável ao SPD, com as sondagens nacionais a colocarem os conservadores de Merkel em primeiro lugar, seguidos dos Verdes e o SPD atrás, ao mesmo nível da AFD.