Combates no Curdistão sírio terão feito mais de 140 mortos desde quarta-feira.
Ras al-Ain, cidade síria junto à fronteira com a Turquia, é o palco dos mais recentes combates entre o exército turco e as forças curdas.
A Turquia diz ter tomado o controlo da cidade, mas os combatentes das Forças Democráticas da Síria dizem que os turcos apenas entraram num bairro e forçaram uma retirada estratégica, mas rapidamente os curdos contra-atacaram.
O escalar da tensão na Síria obrigou já ao deslocamento de 100 mil pessoas de Ras al-Ain e Tal Abyad, segundo o Programa Alimentar Mundial, que prometeu continuar a prestar auxílio na zona, apesar da deterioração do estado de segurança. O PAN e as várias ONG parceiras prestam auxílio a cerca de 580 mil pessoas a viver na zona controlada pelos curdos.
Esta operação da Turquia foi duramente criticada pelo secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, que a qualificou como a invasão de um estado árabe e uma agressão à soberania. Na reunião de emergência da Liga Árabe, convocada para debater este conflito, o chefe da diplomacia do Iraque também criticou as operações.
Segundo o grupo com sede no Reino Unido autodenominado Observatório Sírio dos direitos humanos, os combates já mataram 74 combatentes curdos, 49 aliados dos turcos e 20 civis sírios.