Um ativista infiltrou-se numa laboratório de testes químicos e toxicológicos em animais e registou imagens da crueldade sobre animais e praticas que alegadamente violam as regras da União Europeia.
Laboratório de Farmacologia e Toxicologia de Hamburgo, também conhecido agora como o "laboratório dos horrores".
Entre 2018 e 2019, um ativista de defesa dos direitos dos animais infiltrou-se durante quatro meses no laboratório e filmou o tratamento cruel de animais sujeitos a experiências. Cães, gatos, coelhos e macacos encerrados em jaulas prostrados sobre fezes e sangue. Sons de dor, animais a serem esquartejados... morte.
A denúncia foi feita pela organização Cruelty Free International em associação com a Soko Tierschutz.
"O que é permitido fazer nesses laboratórios faria como que fossemos para prisão se o mesmo fosse feito aos nossos animais de estimação", diz Friedrich Mülln, da Soko Tierschutz.
As associações exigem o encerramento do laboratório pelo que dizem ser violação das normas da União Europeia.
A procuradoria local está a levar a cabo uma i investigação. As autoridades afirmam que o laboratório já foi inspecionado várias vezes e nunca foi detetada uma violação grave.
Apenas com denuncias como é possível detetar irregularidades graves. A SOKO apela para que os medicamentos sujam usados como último recurso e que os consumidores escolham produtos de beleza não testados em animais.
"Sejam cosméticos, químicos ou mesmo até vinagre da cozinha são testados nos animais por isso é muito difícil evitá-los. Em todo o caso, existem etiquetas, por exemplo para cosméticos, onde se vê se o produto foi testado em animais (...) A indústria de testes em animais é um negócio de milhares de milhões de euros (...) E este é um lobby gigantesco, muito forte, que naturalmente pressiona o legislador e para manter benefícios", diz Mülln.
O Laboratório de Farmacologia e Toxicologia é uma empresa privada alemã que elabora testes de "toxicologia, farmacocinética e farmacodinâmica". Tem 175 funcionários