Em Sochi, Putin e Erdoğan debatem invasão turca na Síria

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Aliado de Damasco, a Rússia tem um papel crucial na tensão entre a Turquia e a Síria, perante a retirada dos EUA do território

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Em Ancara, antes de partir rumo ao encontro como o homólogo russo, Vladimir Putin, na cidade de Sochi, e em plena contagem decrescente para o fim do cessar-fogo, o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, deixou um alerta.

Disse que as operações militares turcas na Síria serão retomadas se as forças curdas não se tiverem retirado do nordeste sírio.

"As nossas instituições estão a monitorizar de perto a situação no terreno. Se as promessas que nos foram feitas pelos EUA não forem cumpridas, continuaremos a nossa operação a partir do ponto em que ficou, desta vez com maior determinação", sublinhou Recep Tayyip Erdoğan.

O presidente turco planeia criar uma zona de segurança de 440 quilómetros no território sírio, com uma primeira operação militar centrada numa faixa à volta da cidade de Ras al-Ain.

Mas com as forças sírias apoiadas pela Rússia no terreno, em cidades da parte ocidental, as esperanças do presidente turco de tomar a zona de assalto parecem ter sido contrariadas.

De acordo com a televisão estatal russa, a base aérea síria de Al-Tabqa, na província de Raqqa, reabriu esta terça-feira com os primeiros helicópteros russos a aterrar na pista destruída.

A 14 de outubro, o Exército sírio assumiu o controlo do aeroporto pela primeira vez desde 2014, na sequência de um acordo com os curdos, que procuraram proteção da ofensiva turca no rescaldo da retirada das tropas americanas no terreno.

O aeroporto foi destruído pelo autodenominado Estado Islâmico, antes de ser libertado pelas forças da coligação americana. Mais tarde foi usado como base militar dos EUA.

O presidente sírio tem-se mostrado determinado em resistir à Turquia, visitando tropas sírias em Idlib. Bashar al-Assad disse que Erdoğan é um ladrão e que está a roubar o território.

Enquanto isso, do lado curdo, enterram-se vítimas. Grupos de direitos humanos dizem que cerca de 250 combatentes curdos e 200 turcos morreram no conflito juntamente com 120 civis. A Turquia fala na morte de 750 terroristas e diz que não há vítimas civis.

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