Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Violência escolar agrava atrito entre Governo e professores

Violência escolar agrava atrito entre Governo e professores
Direitos de autor 
De Francisco Marques
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Protestos motivaram inclusive fecho de duas escolas sexta-feira. Sindicatos criticam passividade do Ministério da Educação

PUBLICIDADE

Os protestos contra a violência escolar sucedem-se em Portugal após várias agressões graves nos últimos dias. 

Pelo menos duas escolas, uma em Penafiel e outra na Amadora, foram fechadas esta sexta-feira por protestos contra a falta de segurança. E há um pré-aviso do Sindicato de Todos os Professores (STOP) para uma greve de duas semanas no ensino.

HOJE NA RTP O M.E./governo é o principal responsável do estado atual da Escola Pública (não só da violência nas escolas...

Publiée par S.TO.P sur Vendredi 25 octobre 2019

A Federação Nacional de Professores (Fenprof), de que não faz parte o STOP, criticou o Governo após o Ministério da Educação ter minimizado as recentes ocorrências e ter até preferido sublinhar a redução de agressões em ambiente escolar em Portugal

Na semana passada, o pai de uma estudante terá agredido professores e funcionários de uma escola em Valença.

Na segunda-feira, foi um professor que atacou um aluno e foi presente a tribunal no dia seguinte. 

Em Linda-a-Velha, na quarta-feira, foi uma professora a ser agredida por um estudante de 14 anos, com alegados distúrbios neurológicos, revelou à comunicação social uma fonte da PSP.

Em resposta à Agência Lusa, no mesmo dia, o Ministério da Educação minimizou os casos de violência escolar registados no espaço de 48 horas e sublinhou a redução do número de ocorrências confirmado no Relatório Anual de Segurança Pública de 2018.

A Fenprof reagiu à declaração do governo e foi particularmente crítica com o ministro Tiago Brandão Rodriguez, atualmente em processo de recondução à frente da pasta da Educação.

"O que os professores esperavam ouvir do Ministério da Educação, e desde logo da boca do ministro, era que este afirmasse sem rodeios a condenação da violência exercida sobre os professores e também que estes merecem e devem ser respeitados", afirmou na quinta-feira Mário Nogueira.

O secretário-geral da Fenprof reiterou em conferência de imprensa as mudanças que o setor exige para haver uma maior segurança nos estabelecimentos de ensino.

A Fenprof exige a contratação de mais pessoal auxiliar para as escolas; a redução significativa do número de alunos por turma; a colocação de docentes e trabalhadores não docentes no apoio a alunos com necessidades educativas especiais; o reforço da autoridade dos professores; a disponibilização de apoio jurídico aos docentes agredidos ou ameaçados no exercício da profissão; o agravamento do quadro penal nos casos de violência escolar; e a criação de um Observatório para a violência na Escola.

Com o processo de transição entre legislaturas em curso no Parlamento, o Ministério da Educação entra no novo mandato já com um dossier complicado para resolver..

A Fenprof e o STOP aguardam respostas aos pedidos de reunião endereçados ao ministro da Educação.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • Agência Lusa, Público, DN, JN

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Estudantes regressam às ruas para mais protestos

Greve mundial das escolas pelo clima

Ano escolar em França arranca sem telemóveis