Questões ambientais ensombram introdução bolsista da Saudi Aramco

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De  Ricardo Figueira
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Empresa saudita é o maior grupo energético do mundo, mas também o maior poluidor.

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Depois de vários anos de adiamentos, a maior empresa energética do mundo, a petrolífera saudita Saudi Aramco, entrou na bolsa.

Mas aquela que era vista, há alguns anos, como uma oportunidade altamente lucrativa, atrai agora menos os investidores, não só por causa das questões que rodeiam a Arábia Saudita, mas sobretudo por causa da maior consciencialização para as questões do ambiente e do clima: "Muitos investidores não alinham, porque não querem investir em petróleo numa altura de alterações climáticas. Não é um sistema sustentável no futuro", diz o analista de mercados Johen Stanzl.

A gigante petrolífera é agora a empresa cotada em bolsa mais valiosa do mundo, mas ao mesmo tempo é o maior poluidor.

Na lista de empresas que mais contribuem para a crise climática, a Saudi Aramco ocupa o primeiro lugar, seguida pela norte-americana Chevron, pela russa Gazprom, pela Exxon Mobil, também dos Estados Unidos, e pela petrolífera nacional do Irão.

Os riscos ligados às mudanças climáticas e à maior procura de energias verdes em detrimento do petróleo estão explicados no prospeto que a empresa publicou antes da oferta pública inicial, onde diz que esta mudança de mentalidades, com uma redução na procura de energias fósseis, pode implicar custos adicionais e possíveis injeções de capital.

O prospeto fala ainda das restrições impostas pelos governos para limitar as emissões de gases com efeito de estufa.

Apesar de toda a precaução com que a gigante saudita entrou no mercado, o primeiro dia de cotação correu bem para a Aramco. As ações começaram a negociar-se com um preço 10% superior ao do lançamento, o máximo permitido pelas regras do mercado no país.

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