Voto unânime no Senado completa processo legislativo, depois da aprovação em outubro do texto pela Câmara dos Representantes.
O Congresso dos Estados Unidos reconheceu o genocídio arménio e colocou mais uma pedra no sapato do Presidente Donald Trump, que se vangloria da sua relação pessoal com o homólogo turco, Recep Tayyp Erdogan.
O texto simbólico recolheu o apoio unânime do Senado. No final de outubro a Câmara dos Representantes tinha aprovado a resolução com uma maioria esmagadora.
"Este foi o primeiro genocídio registado no século. Conhecemos bem demais os horrores que se repetiriam mais tarde no século 20 com o Holocausto e outros genocídios por todo o mundo" - afirmou o senador democrata, Bob Menendez.
Estima-se que perto de um milhão e meio de arménios terá morrido às mãos das forças otomanas entre 1915 e 1923. Um período da história que assistiu à derrocada do Império Otomano e à recomposição da geografia política nos Balcãs e Próximo Oriente, com deslocações forçadas de vários povos.
O governo do presidente Erdogan condenou fortemente o voto do Congresso americano e rejeitou uma medida que não vincula a política externa de Donald Trump.
Portugal e Brasil estão entre as três dezenas de países que reconhecerem o genocídio arménio.