Continua a greve nos transportes em França, utentes falam em cenários de "guerra" e sindicatos convocam mais protestos nas ruas.
É um cenário cada vez mais banal, por estes dias, na rede francesa de transportes: o do "salve-se quem puder". Assim vai o 13° dia de greve - que atinge comboios, metros, autocarros -, com o caos como palavra de ordem.
Em Paris, há quem explique ter saído "de casa às 5 da manhã" para fazer um simples trajeto quotidiano. Há também quem relate episódios praticamente de "guerra", quem saliente que basta perder um comboio para ter "de esperar seis horas pelo seguinte" e quem revele não poder programar o que quer que seja, mas que assim é a única forma que os grevistas "têm de se fazer ouvir".
O tráfego rodoviário, esse, dá cada vez mais nós: esta manhã, às 7h30, na capital francesa, havia já 300 quilómetros de filas.
Com o Natal à porta, o governo enfrenta não só este panorama, como se juntam mais protestos. Em uníssono, os sindicatos pretendem derrubar uma fasquia: querem mais gente nas ruas, esta terça-feira, a protestar contra a reforma do sistema de pensões, do que no passado dia 5, quando se mobilizaram cerca de 800 mil pessoas, segundo o Ministério do Interior.