À espera de asilo numa escola abandonada

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Um grupo de 450 migrantes africanos vive em condições precárias numa antiga escola de Lyon, em França

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Esta semana, António Guterres apelou no primeiro Fórum Mundial sobre os Refugiados à comunidade internacional para assumir responsabilidades "de forma coletiva". 

Para conhecer de perto a realidade dos que fogem da pobreza e conflitos à procura do sonho europeu, a euronews visitou uma escola abandonada em pleno centro de Lyon, em França, que está atualmente ocupada por 450 migrantes africanos, ameaçados de expulsão, enquanto esperam os resultados dos seus pedidos de asilo.

Ebrahim é um deles. Desde a Gâmbia, onde nasceu, enfrentou um duro périplo para chegar finalmente aqui.

Ebrahim Marond: "Durmo aqui, mas não me sinto bem. Estão aqui muitas pessoas. Dormimos com muitas pessoas diferentes. Alguns estão doentes e outros não, mas podem transmitir de uns aos outros."

França sofre de uma grande falta de alojamentos sociais. Quando não é possível providenciar um abrigo, o Estado oferece um pequeno subsídio diário aos requerentes de asilo.

Clement Olumese, migrante nigeriano: "Aqui em França tratam bem os migrantes, dão-lhes aqui 450 euros por mês, por isso podemos comprar algumas coisas, comer e vestir-nos, apesar de não termos casa."

As condições nesta escola que ocupam são precárias. Existem apenas 9 casas de banho e algumas delas não funcionam corretamente. Sem autorização para trabalhar, muitos passam o tempo na esperança de obter papéis.

Ebrahim Marond: "Quando trouxer a minha família, quando me derem documentos, vou trabalhar arduamente. Não é o governo que vai alimentar a minha família, ajudar os meus filhos. Eu vou trabalhar!"

A França ultrapassou recentemente a Alemanha como destino número um para os requerentes de asilo e espera-se que este ano bata um novo recorde no número de pedidos recebidos. Dos 123.000 pedidos efetuados em 2018, apenas um quarto recebeu um parecer favorável, uma proporção em queda em relação a 2016.

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