Os Camarões deixaram de ser uma colónia francesa a 1 de janeiro de 1960. Seis décadas depois, o país vive tempos difíceis que mitigam as celebrações.
Há 60 anos, os Camarões deixavam de ser uma colónia francesa.
No século passado, o ano de 60 foi progressivamente marcado pela independência de 17 países africanos, 14 dos quais sob a alçada de França.
Um caminho liderado pelos Camarões, a 1 de janeiro.
Em dia de aniversário, há, no entanto, poucos motivos para celebrar.
Passadas seis décadas de prometida liberdade, o país conheceu dois chefes de Estado: Amadou Ahidjo, o pai da independência e Paul Biya, que, aos 86 anos, conta com 37 à frente dos destinos do território.
Hoje, a insegurança trazida pela ação terrorista do Boko Haram e a crise política gerada pelos separatistas anglófonos, a oeste, tornam os tempos difíceis para quem vive no país.
Atualmente, no país com centenas de milhares de pessoas deslocadas por causa dos conflitos armados, apenas 10% da população ativa tem emprego formal e mais de um terço dos habitantes vive com menos de dois euros por dia.