Tóquio e as duas faces da mesma cidade

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De  Patricia Tavares
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Exploramos dois bairros muito diferentes. Desde os imponentes arranha-céus e a passadeira de Shibuya até às ruas estreitas e lojas antigas de Shimokitazawa.

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Tóquio é uma cidade em constante evolução - dos mais recentes arranha-céus que desenham a linha do horizonte até às tendências culturais que influenciam a moda e a música. Exploramos dois bairros de Tóquio muito diferentes - e estou ansiosa para descobrir a combinação única entre tradição e modernidade.

A primeira paragem é no bairro movimentado de Shibuya no coração de Tóquio. Com os fascinantes néons, é um centro da cultura pop da moda e da juventude.

A famosa passadeira de Shibuya transformou-se num símbolo da Tóquio moderna. Pode assistir à passagem de até 3 mil pessoas em 5 direções diferentes. Shibuya nem sempre foi assim - começou como uma pequena estação ferroviária suburbana.

Na década de 1920, um cão fiel conquistou o coração da nação. Hachiko esperava todos os dias para receber o seu mestre na estação de Shibuya. Quando seu dono morreu, ele continuou a esperar - durante 9 anos.

Foi construída uma estátua em homenagem a Hachiko. Agora é um local de encontro. Falámos com Kenji Ishii, professor e especialista na história e na reconstrução de Shibuya: “Depois da Segunda Guerra Mundial, quando a economia japonesa começou a crescer - as casas tornaram-se prédios; as estradas foram pavimentadas e a natureza foi ignorada. Agora, como se pode ver, há um rio novamente. Antes, os caminhos de ferro cobriam o local do rio."

A zona à volta da estação mais icónica de Tóquio está a passar por uma grande transformação - com novos arranha-céus ainda mais altos e, até 2027, vão estar ligados por passagens subterrâneas.

As mudanças aqui em Shibuya refletem como a própria sociedade japonesa mudou. E esse desenvolvimento permite-nos prever como será o futuro do Japão.
KENJI ISHII
Académico e escritor

Shimokitazawa já foi uma vila agrícola. Após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se o maior mercado negro da cidade - na década de 1970, era um lugar de contracultura perfeito para o movimento hippie. Hoje, mantém a identidade única e é conhecido pelas lojas antigas e ambiente boémio. Masao Tsubaki abriu uma loja de discos em 1982, atraindo amantes de vinil de todo o mundo: "Quando era pequeno e cresci em Shimo, era tudo muito calmo em relação a agora, mas havia muitos compradores aqui, donas de casa... porque esta cidade era conhecida por ter muitas lojas boas que vendem coisas baratas".

Outrora um segredo bem guardado - Shimokitazawa é cada vez mais popular entre os estrangeiros. Charlotte é do Reino Unido e mora aqui há 6 anos: “É muito entusiasmante, porque existem sempre novas lojas aqui e ali, então é bom sair e ver . Há sempre algo novo para ver ou algum sítio novo para visitar."

O que mais impressiona aqui é como o Japão ultramoderno e o Japão mais antigo podem existir a apenas alguns minutos de distância. Tóquio traça um caminho inovador em direção ao futuro, mantendo o mesmo espírito e a criatividade que a transformaram na grande metrópole que é hoje em dia.

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