"Breves de Bruxelas": Países frugais querem cortes no orçamento da UE

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Direitos de autor Michael Probst - The Associated Press
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Conhecidos como "quarteto frugal", a Áustria, Holanda, Suécia e Dinamarca estão no grupo dos maiores contribuintes líquidos para o orçamento da União Europeia per capita (liderado pela Alemanha) e defendem contas mais modestas para fazer face à perda de vrbas por via do Brexit.

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Conhecidos como "quarteto frugal", a Áustria, Holanda, Suécia e Dinamarca estão no grupo dos maiores contribuintes líquidos para o orçamento da União Europeia per capita (liderado pela Alemanha).

Em plena contagem decrescente para a cimeira extraordinária de líderes, esta quinta-feira, as divisões persistem relativamente ao próximo quadro financeiro plurianual.

De um lado está o bloco de Estados-membros que defendem um orçamento europeu ambicioso e do outro os quatro países que defendem a via estável e resistem à ideia da expansão desse orçamento além de 1% do Rendimento Nacional Bruto (RNB).

O vazio gerado pelo "Brexit" colocou a União Europeia numa encruzilhada, entre cortar na despesa ou cobrir a perda gerada pela saída do Reino Unido.

Relutantes em ceder mais dinheiro dos respetivos contribuintes, os chamados "países frugais" querem apertar o cinto. E insistem em manter os rebates, um "mecanismo de correção" baseado em descontos, previsto para os maiores contribuintes líquidos.

"Os rebates são uma pré-condição absoluta para a Áustria. Devem compensar o 'gap' entre a nossa maior contribuição financeira e um menor retorno. A Áustria tornou-se no terceiro maior contribuinte líquido. Temos de reduzir este fosso. É por isso que pedimos um desconto substancial", sublinhou, em entrevista à Euronews, a ministra austríaca dos Assuntos Europeus, Karoline Edtstadler.

Os chamados "países frugais" têm um aliado de peso: a Alemanha. Mas, desta vez, Berlim adotou uma postura menos intensa.

O Governo de Angela Merkel mostrou-se disponível para ir além dos 1% se, e apenas se, o novo orçamento comunitário contemplar políticas mais modernas, em matéria de economia digital e das alterações climáticas, por exemplo.

"Se não conseguirmos substancialmente mais fundos, não conseguiremos fazer frente aos novos desafios sem cortar nos domínios tradicionais. E essa é a chamada política de coesão e da agricultura. Temos de decidir. Ou queremos um orçamento orientado para o futuro ou um orçamento que simplesmente continua a fazer o que sempre fizemos até agora", sublinha Niclas Herbst, vice-presidente da comissão dos Orçamentos no Parlamento Europeu.

O valor que a Alemanha está disposta a pagar em nome da economia digital e do ambiente faz parte dos argumentos de negociação da chanceler alemã, Angela Merkel.

Mas esse trunfo parece ter alguma influência sobre os "países frugais." O executivo de coligação na Áustria, que junta conservadores e verdes, mostrou, recentemente, alguma "flexibilidade."

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