Surto de Ébola na RDC pode estar a chegar ao fim

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De  Maria Barradas com EFE, AFP
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A OMS iniciou a contagem decrescente para o fim do surto de Ébola na RDC em abril, se não houver novos casos durante o período de incubação do vírus.

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Em plena psicose mundial com o novo coronavírus, há perspetivas animadoras sobre o surto de Ébola na República Democrática do Congo (RDC).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a última pessoa infetada teve alta no dia 3 de março, não há novos registos e o surto pode estar a chegar ao fim.

O assistente do diretor-geral para as Respostas de Emergência, Ibrahima-Soce Fal, disse em conferência de imprensa: "O surto não acabou, como devem estar cientes. A OMS recomenda esperar por dois períodos completos de incubação, ou seja, 42 dias após a última pessoa ter testado negativo uma segunda vez antes de declarar o fim do surto (...) Se tudo correr bem, o fim oficial do surto será declarado a 12 de Abril. Estamos a começar a contagem decrescente".

Ajuda financeira precisa-se

A OMS lembra, no entanto, que são precisos ainda 20 milhões de dólares para manter as equipas no terreno e evitar o ressurgimento da epidemia. "Se não obtivermos mais recursos, ficaremos sem meios antes do final da epidemia", disse Ibrahima-Soce Fal.

Desde que se declarou o surto, que foi classificado em julho de 2019 como uma emergência internacional, registaram-se 3.444 casos e 2.264 mortes, ou seja, uma taxa de mortalidade de 55,8 %.

Esta foi a segunda maior epidemia da história do vírus que, entre 2014 e 2016 matou mais de 11 mil pessoas, maioritariamente na Guiné, Libéria, e Serra Leoa.

Risco ainda elevado

Segundo a OMS o risco de que o vírus reapareça é muito elevado, devido à situação do país, com mais de uma centena de grupos armados a operarem, setores completamente fora do controlo do governo e locais onde as equipas médicas nem sequer têm permissão para entrar.

Para além disso, o vírus pode permanecer em material médico ou nos fluidos dos contagiados durante semanas.

O vírus Ébola transmite-se através do contacto direto com sangue e fluidos corporais, provoca febres hemorrágicas e a taxa de mortalidade pode atingir os 90% se não for tratado a tempo.

Atualmente já existe uma vacina. 320 mil pessoas foram já vacinadas na RDC.

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