Afluência acentuada a estações ferroviárias em cidades como Pádua.
Horas antes do anúncio oficial de uma Itália que se vê paralisada pelo coronavírus, eram muitos os que tentavam chegar a casa antes que fossem impedidos de o fazer.
Roberto Pagliara, um estudante universitário, dizia-nos que tinha lido que o decreto ia colocar Pádua, onde frequenta a universidade, na zona vermelha e que, por isso, se apressava a voltar de comboio para a Apúlia, no sul, onde se encontra a sua família.
Alessandro Brunesti, um empresário de Roma, afirmava que a comunicação do governo não era clara - "uns dizem isto, outros aquilo" - e que as pessoas estavam "sem saber o que fazer".
Mas havia também quem desvalorizasse as medidas e afirmasse que o necessário era "simplesmente, manter a calma".
Matteo Cuchelli, um habitante de Pádua, salientava que provavelmente não tinha "todos os dados para perceber a gravidade da situação. Parece tudo exagerado, mas se calhar as pessoas não sabem de tudo, por isso há que aceitar a decisão".