Covid-19: Os perigos domésticos do confinamento

O confinamento social tem sido a medida mais utilizada por todo o mundo para cortar as correntes de propagação deste novo coronavírus.
Está a ser implementado para garantir mais segurança às pessoas, mas pode ter também alguns efeitos perversos.
Violência doméstica, sobretudo maus tratos a crianças, estão no topo das preocupações devido a um processo de proteção sanitária que pode agravar situações domésticas problemáticas anteriores à pandemia ou originar novas devido à saturação mental provocada pelo confinamento.
Na Hungria, a psicóloga Vera Saródy explica-nos que "um dos problemas é as pessoas não conseguirem organizar os pensamentos nem os sentimentos porque estão sempre na companhia de outros".
"(As pessoas confinadas) tendem a ficar cada vez mais irritadiças", alerta esta psicóloga para quem a internet pode ser um bom escape para os membros das famílias se distraírem num meio social virtual sem necessitarem sair de casa e arriscarem uma eventual contaminação.
Os que se sentirem deprimidos ou sofram de maus tratos podem recorrer a uma linha telefónica de apoio e contar com mais de 200 psicólogos e psiquiatras disponíveis para ajudar de forma gratuita quem esteja a sofrer devido ao confinamento implementada para travar a Covid-19.
Em Portugal, a vigilância dos casos de risco domiciliário neste período de estado de emergência com recolhimento obrigatório está a ser privilegiada por contacto telefónico e videoconferência. As vítimas tem linhas de telefone disponíveis e um email.