Coligação Mundial Anticorrupção sugere criação de autoridade pública única, responsável pela gestão dos fundos alocados na luta contra a pandemia da Covid-19.
Na Nigéria e no Quénia os membros do executivo renunciaram a parte dos seus salários como forma de contribuir para a luta contra a pandemia da Covid-19. No Ruanda não foi muito diferente, como explica o Diplomata Wellars Gasamagera. Os bancos privados foram os grandes contribuintes e o governo determinou que os secretários permanentes, chefes de instituições públicas e outros oficiais seniores doassem parte dos seus salários de 2020 para atender a todas medidas de protecção social,
Em Angola também foi criada uma conta para responder à demanda de doações de entidades públicas privadas e sociedade civil como refere Sílvia Lutukuta minstra da saúde de Angola, em entrevista à Euronews.
O secretariado internacional de transparência da Coligação Mundial Anticorrupção congratulou-se com os apoios que os governos têm recebido por parte dos empresários locais e instituições públicas, mas deixou um apelo aos países: a criação de uma autoridade pública única responsável pelo cálculo dos fundos e pela aplicação de uma estratégia de gestão clara para a sua utilização.
Em todo o mundo, os governos estão a promulgar legislação de emergência para responder ao novo coronavírus ou à pandemia de COVID-19, a fim de garantir que os seus sistemas de saúde tenham o equipamento médico de que necessitam para salvar vidas.
Embora a legislação de emergência possa ajudar a reduzir o tempo necessário para adquirir estes fornecimentos médicos essenciais, a organização considera que, infelizmente, também permite frequentemente que os governos contornem os controlos e equilíbrios habituais da despesa pública.
Para salvar vidas e minimizar o sofrimento, a resposta da região à crise deve ser tão eficiente quanto possível. Caso contrário, os recursos preciosos perdidos devido à corrupção poderão custar inúmeras vidas.