A pandemia já fez mais de 254 mil mortos em todo o mundo e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) avisou hoje para os elevados riscos colocados pela pandemia de covid-19 em países mais vulneráveis e com crises humanitárias já anteriores ao deflagrar do surto do novo coronavírus.
Afeganistão, Sudão, Palestina, Iémen ou Haiti são nações e territórios no foco da atenção da OMS, cujo diretor-geral, Tedros Ghebreyesus, reiterou que a crise da pandemia “pode exacerbar desigualdades existentes”.
O responsável máximo daquela agência das Nações Unidas assinalou que já há mais de 3,5 milhões de casos em todo o mundo e que mais de 250.000 pessoas já morreram por causa da covid-19, com um ritmo de mais de 80.000 casos novos diários desde o início de abril.
O número de casos novos na Europa ocidental está a descer, mas aumenta no leste europeu, África, sudoeste asiático e Mediterrâneo oriental, referiu, salientando que “mesmo dentro da mesma região ou do mesmo país, há tendências divergentes”.
Nos países europeus onde já se assiste a um levantamento das medidas de confinamento obrigatório e restrição de movimentos de populações, "o risco de ter que se regressar ao confinamento continua muito real se os países não gerirem a transição de forma muito cuidadosa e faseadamente", destacou Tedros Ghebreyesus.
Na última semana, por exemplo, o Afeganistão viu um aumento de 76 por cento no número de casos e de 63% no número de mortes.