Renault-Nissan-Mitsubishi com nova estratégia para redução de custos

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A aliança dos grupos automóveis Renault, Nissan e Mitsubishi anunciou uma nova estratégia e um novo modelo de negócio com vista à redução de custos.

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A aliança industrial Renault-Nissan-Mitsubishi anuncia uma nova estratégia, que assenta na partilha de peças, tecnologia e modelos de veículos para poupar custos.

É o virar da página à visão de Carlos Ghosn, numa altura em que os três grupos lutam com a crise provocada pela pandemia.

O presidente do Conselho de Administração da Aliança, Jean-Dominique Senard, explica em conferência de Imprensa: "Todos os modelos líderes e os seguidores de todas as marcas serão produzidos da forma mais competitiva, incluindo o agrupamento de toda a produção, se for necessário. Em comparação com o nosso desempenho atual, este esquema irá reduzir em 40% o nosso modelo de investimento".

Os três grupos estão com excesso de produção, com custos muito elevados. A Nissan e a Renault devem apresentar esta quinta e sexta-feira planos de cortes muito severos que incluirão encerramento de fábricas e supressão de postos de trabalho.

Segundo o jornal Le Figaro a Renault prevê suprimir mais de 10% dos seus efetivos, até 2024, recorrendo sobretudo à não substituição das partidas para a reforma. A Nissan, por seu turno, reduzirá em 15% a sua força de trabalho no mundo inteiro até 2023.

Face à tormenta anunciada, os trabalhadores da fábrica da Nissan, em Barcelona, iniciaram um protesto, com uma mensagem escrita com velas nas ruas da cidade. O delegado sindical, Juan Carlos Vicente, afirma: "O que pode acontecer é que 25 mil famílias fiquem na rua. Esta é a mensagem que escrevemos e é o que queremos dar a conhecer ao mundo".

O objetivo da aliança entre os três construtores automóveis é reforçar a standardização, desde a plataforma até ao veículo completo. Nos próximos quatro anos o volume de carros com a mesma plataforma das marcas Renault, Nissan e Mitsubishi deve duplicar.

A nova estratégia assenta no princípio de "leader-follower" e reparte segmentos de mercado e zonas geográficas: A Nissan passa a ser referente na China, América do Norte e Japão; A Renault na Europa, Rússia, América do Sul e norte de África e a Mitsubushi no sudeste asiático e na Oceânia.

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