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Filho de Jair Bolsonaro antecipa rutura institucional no Brasil

Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro Direitos de autor Andre Borges/Andre Borges
Direitos de autor Andre Borges/Andre Borges
De  Euronews com Lusa
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Eduardo Bolsonaro, atual deputado federal, não duvida de que irá haver uma crise, apenas deixando no ar a interrogação sobre o momento.

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Eduardo Bolsonaro, membro da câmara baixa do parlamento e filho do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, antecipou uma crise institucional no país, face ao conflito que parece estar instalado entre o governo e a justiça, nomeadamente o Supremo Tribunal Federal.

"Até entendo quem tem uma postura moderada para não chegar num momento de rutura, de cisão ainda maior, de conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos, mas falando abertamente, opinião de Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de se, mas de quando isso vai ocorrer", afirmou o filho do chefe de Estado.

Numa transmissão ao vivo do canal Terça Livre, na quarta-feira à noite, o deputado acrescentou: “Essas reuniões aqui que o Allan [dos Santos] está falando de altas autoridades, até mesmo de dentro de setores políticos, a gente discute esse tipo de coisa”.

Eduardo Bolsonaro referia-se a uma crise política que teve novos desenvolvimentos na quarta-feira, quando um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a polícia cumprisse mandados de busca e apreensão numa investigação sobre ‘fake news’ e ameaças contra autoridades e instituições do país, incluindo juízes do STF.

Entre os investigados na operação está o 'blogger' Allan dos Santos, que entrevistou o filho do Presidente brasileiro depois de ser alvo de mandados judiciais na quarta-feira.

Após a entrevista, membros da oposição criticaram as declarações do filho de Jair Bolsonaro.

“Eduardo Bolsonaro, que já falou em cabo e soldado para fechar o STF e defendeu novo AI-5, agora afirma que a rutura institucional é questão de tempo. A ameaça é criminosa e Eduardo tem de responder por ela. A democracia custou muito caro a esse país e nós não nos intimidaremos”, escreveu Marcelo Freixo, líder da oposição e membro do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), na rede social Twitter.

Outro deputado federal que também faz oposição ao Governo brasileiro, Alexandre Frota, usou a mesma rede social para criticar a entrevista.

“De novo Eduardo [Bolsonaro] com esse papo? Vai pegar o cabo o soldado o Jipe [modelo de carro usado por militares]? Ou vai de milícia? Está ameaçando os juízes e o povo?”, questionou Frota.

Já a deputada federal do Partido dos Trabalhadores (PT), Erica Kokay, também da oposição, criticou a postura da família Bolsonaro.

“O clã Bolsonaro volta a falar em golpe contra a democracia. O @BolsonaroSP diz que 'não é mais uma opinião de se, mas de quando ocorrerá o momento de rutura'. Enquanto Brasil chega a 25 mil mortos por covid-19, Bolsonaro e a familícia [junção das palavras família e milícia] só pensam em como se proteger!” escreveu a parlamentar.

Numa decisão cumprida na quarta-feira, o juiz do STF Alexandre de Moraes autorizou mandados de busca e apreensão em 29 endereços ligados a empresários, bloggers e políticos acusados de financiarem e de promoverem ataques contra a reputação de pessoas consideradas inimigas do Governo, incluindo juízes do STF.

Moraes também pediu a convocação de deputados federais (membros da câmara baixa do Congresso) que fazem parte do núcleo duro de apoio a Bolsonaro para prestarem depoimento.

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