As consequências psicológicas da pandemia

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Projeto europeu estuda gestão do stress durante e após o confinamento.

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Há vários meses que é assim: os números não param de chegar e a pandemia vai-se refletindo em balanços calamitosos. O impacto psicológico provocado por tudo isto está a ser objeto de várias investigações científicas. Técnicas individuais para reduzir o stress, há muitas.

Laurène Boglio, ilustradora francesa a viver em Nova Iorque, esteve longe da família durante todo este período. Diz-nos que decidiu reduzir a exposição às notícias "a 30 minutos por dia". Por outro lado, também diariamente, tenta "exorcizar as angústias fazendo um desenho ou um gif, em tom cómico, sobre algum elemento do contexto atual".

Para além da avalanche informativa, há outros dois fatores que agravam a ansiedade: a inexistência ou diminuição aguda de interações sociais e a falta de atividades de lazer.

Francis Berryman, microbiólogo a viver em Glasgow, jogador de râguebi, explica exatamente isto: "o espírito de equipa, no desporto, faz particularmente falta. Falar no Facebook não é a mesma coisa do que conviver num bar após um jogo de râguebi".

O DynaCORE é um estudo europeu sobre o impacto da pandemia numa escala individual. Há dois fatores que se destacam imediatamente na gestão de angústias: ter uma rede de apoio, entre amigos e família, e adotar o chamado pensamento positivo.

Raffael Kalisch coordena o projeto e afirma que "muitas pessoas reagem mal à sugestão do pensamento positivo, rejeitam completamente essa noção. Mas não adianta nada entrar em ciclos negativos. É necessário tentar tirar algum partido da situação e ajudar os outros, se houver positividade e energia para isso".

Os referidos ciclos negativos traduzem-se na inação e em sentimentos de desespero e culpa. Steffen Kraft, um designer alemão, fala-nos na importância de viver um dia de cada vez.

"Antes da pandemia, havia sempre algo de negativo no dia a dia. A normalidade era considerada aborrecida. Hoje em dia, a única coisa que queremos é abraçar as pessoas sem ter medo de morrer ou matar", aponta Kraft.

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