Trump quer Forças Armadas a intervir nos protestos

Trump quer Forças Armadas a intervir nos protestos
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De  euronews com AP, AFP
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Donald Trump fez o discurso à Nação porque muitos esperavam e garantiu ter milhares de polícias e militares prontos a intervir nos protestos.

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Uma imagem vale mais que mil palavras mas só se o contexto for devidamente enquadrado. Se Donald Trump posou de Bíblia na mão e disse estar do lado de quem se manifestava de forma pacífica, foi porque quem se manifestava de forma pacífica tinha sido afastado com gás lacrimogéneo minutos antes para a fotografia sair perfeita.

Mariann Budde, bispo episcopal de Washington DC, já se veio distanciar de Trump, lamentando o uso de símbolos sagrados para fins de propaganda, colocando-se do lado de quem procura justiça. Pouco antes, o Presidente norte-americano tinha ameaçado uma intervenção militar contra a própria população.

O presidente dos EUA, que tinha aconselhado, no domingo, os governadores a pedirem o apoio da Guarda Nacional, voltou à carga.

Trump voltou a recomendar, vivamente, às autoridades estaduais que mobilizem esta força, em de efetivos número suficiente para dominar as ruas. Presidentes de câmara e governadores devem providenciar uma presença, esmagadora, de forças policiais "até que a violência seja abafada", afirmou o chefe de Estado.

Um pedido que vem como uma ordem já que Trump garantiu estar a enviar "milhares e milhares de soldados, fortemente armados, militares e policiais para impedir os tumultos, saques, vandalismo, agressões e a destruição arbitrária de propriedades".

Justificou-se acrescentando que "estes não são atos de protesto pacífico, são atos de terror interno. "A destruição da vida de inocentes e o derramamento do seu sangue é uma ofensa à Humanidade e um crime contra Deus", frisou acrescentando que os Estados Unidos precisam de "criação, não de destruição, de cooperação, não de desprezo, de segurança, não de anarquia".

Depois de semanas de ruas vazias, devido à pandemia de Covid-19, os EUA vivem momentos de horror, em alguns casos como há décadas não se via nas ruas de algumas grandes cidades. Protestos e violência justificados pelo brutal assassinato de um afro-americano por um polícia de Mineápolis.

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