Protesto dos intérpretes nas instituições da UE

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De  Isabel Marques da SilvaEfi Koutsokosta
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Os funcionários independentes das instituições da União Europeia não são elegíveis para regimes de apoio aos desempregados pagos pelo governo da Bélgica. A angústia aumenta por não haver uma data para a retoma do trabalho.

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Um pequeno grupo de intérpretes independentes que trabalha para a União Europeia organizou um protesto simbólico, quarta-feira, junto das instituições comunitárias, em Bruxelas.

Pretendiam chamar a atenção para as dificuldades económicas que cerca de 1200 pessoas sentem desde que diminuiu, drasticamente, o número de reuniões com a presença de políticos, devido ao confinamento.

"Fomos abandonados e é realmente irónico considerando que, em muitas reuniões políticas, onde se utilizam diversas línguas, se fala tanto de solidariedade. Agora não podemos beneficiar dessa solidariedade. É irónico, é triste e é assustador", disse uma das colaboradoras.

Os funcionários independentes das instituições da União Europeia não são elegíveis para regimes de apoio aos desempregados pagos pelo governo da Bélgica. A angústia aumenta por não haver uma data para a retoma do trabalho.

"Nos próximos três meses, não tenho uma fonte previsível rendimentos. Estamos todos a ficar muito stressados porque não sabemos o que acontecerá no futuro", disse outra trabalhadora.

Após alguma negociação, o departamento de recursos humanos das instituições propõe fazer um pagamento único de 1400 euros pelos dias de trabalho efetuado entre meados de março e final de dezembro.

A Associação dos Intérpretes não aceitou a proposta, mas admite que alguns trabalhadores tenham entrado em acordos individuais.

"Nada pode ser feito para nos ajudar, porque as regras normais não o permitem. Foi o que nos disseram na reunião de concertação social. Pensamos que as regras normais, no âmbito da atual legislação, permitiriam usar de alguma flexibilidade para encontrar uma solução excecional", explicou Frederic Girard, da Associação Internacional de Intérpretes de Conferência.

A Comissão Europeia não respondeu ao pedido de comentário feito pela euronews.

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