Londres assiste a marchas de protesto desde a morte de George Floyd, em Minneapolis. Estátua de comerciante de escravos derrubada em Bristol.
A capital britânica tem assistido a marchas de protesto desde a morte de George Floyd, em Minneapolis. Os manifestantes ocuparam as ruas em torno da Embaixada dos Estados Unidos em Londres.
Defendem que a morte do cidadão afro-americano ilustra a violência policial que existe nos Estados Unidos e destacam a necessidade de resolver as injustiças raciais que as minorias étnicas enfrentam também na Europa. "As pessoas pensam que o Reino Unido é inocente, mas não é. Temos os nossos próprios problemas aqui. O sistema está constantemente a tentar controlar pessoas de raça negra. E agora apercebem-se que sabemos o que estão a tentar fazer. Estou contente com a saída de muitas pessoas à rua, porque agora toda a gente sabe o que está a acontecer", disse uma das manifestantes.
As multidões também saíram às ruas em Bristol. Os manifestantes derrubaram a estátua de Edward Colston, um comerciante de escravos do século XVII. Os ativistas de Londres esperam servir de exemplo para outros movimentos de protesto.
Com a ameaça da Covid-19 ainda a pairar, muitos ativistas optaram por usar máscaras e luvas. O distanciamento social foi difícil de manter devido à dimensão da multidão e odesejo de mudança destas pessoas parece ter sido maior do que os receios associados à pandemia.
As pessoas que juntam a estes movimentos de protesto têm origens muito diferentes, mas partilham a mesma causa e prometem continuar a luta que pede o fim do racismo.