A organização SOS Mediterranée pede ajuda às autoridades europeias após ter decretado o estado de emergência a bordo do navio humanitário Ocean Viking
Após a declaração do estado de emergência, na sexta-feira, a bordo do navio de resgate humanitário Ocean Viking, apenas um médico italiano e um mediador cultural entraram no barco.
"Estão numa grande angústia mental estes refugiados que conheceram condições de vida terríveis na Líbia, que já se encontravam num estado de grande vulnerabilidade, de grande fragilidade quando chegaram a bordo", diz Sophie Beau, diretora da SOS Mediterranée.
As 180 pessoas a bordo do Ocean Viking foram recolhidas no mar, em duas operações de salvamento. Algumas já estão a bordo há dez dias. A tensão é grande entre os refugiados e há já quem tenha tentado o suicídio.
Tanto a Itália como Malta negaram autorização para a entrada do barco nos seus portos. A SOS Meditrranée pede ajuda às autoridades europeias.
Pela primeira vez desde que, há quatro anos, a SOS Mediterranéen iniciou as operações de resgate de migrantes no Mediterrâneo que o clima entre os refugiados atinge um nível de tensão tão elevado.
A organização europeia de busca e resgate marítimo, criada há cinco anos, no início da vaga migratória em direção à Europa, já efetuou 271 operações de resgate e deu assistência a 31.799 pessoas.