No discurso do 4 de Julho Trump ataca esquerda radical, medias e China

Nos jardins da Casa Branca, o presidente afirmou: "Estamos a vencer a esquerda radical, os marxistas, os anarquistas e os agitadores; depois acusou os medias de mentirem, afirmando: "Quanto mais vocês mentirem e caluniarem, mas nós trabalharemos para dizer a verdade e vamos vencer".
Quanto à China, Trump voltou a acusá-la de ser responsável pela disseminação do coronavírus pelo mundo, através do "segredo, mentiras e encobrimento", exigindo que preste contas.
Logo pela manhã, o presidente dava o tom do discurso, numa saudação aos americanos.
No exterior da Casa Branca, assim como por toda a cidade de Washington e múltiplas cidades do país, o dia nacional é marcado por manifestações de grupos de ativistas por justiça e igualdade racial. O mais emblemático foi convocado para o monumento à memória de Abraham Lincoln, a partir do qual Martin Luther King pronunciou, em 1963, o seu discurso "I have a dream".
O 4 de julho é este ano assinalado sem o fausto e a festa habitual por causa da pandemia. Trump enalteceu os progressos da América e prometeu vacina ou tratamento para a Covid-19 antes do final do ano.
O presidente só falou nos números da pandemia que se aproximam dos 130 mil mortos, para um total de quase 2 milhões e 900 mil infetados, para referir que "99% dos casos" de infeção detetados nos EUA tinham sido considerados "totalmente inofensivos".
Nas útimas 24 horas foram contabilizados mais 57 mil casos de infeção. Só a Flórida anunciou mais 11 458 casos de infeção e o autarca de Miami-Wade, com 2,7 milhões de habitantes, decretou o recolher obrigatório a partir das 22 horas.
Com inúmeros estados a apelarem aos americanos para que refreassem o entusiasmo das multidões nas celebrações do 4 de julho, Donald Trump não resistiu a promover uma noite especial com homenagens a muitas figuras nacionais e um enorme fogo-de-artifício, para atrair as massas.