Cultura e Educação querem participar no Pacto Ecológico

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De  Isabel Marques da Silva
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Artistas de toda a Europa pediram aos líderes da União Europeia grande investimento no setor cultural, alegando que provou ser grande "fonte de conforto durante a pandemia".

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Os artistas estão a regressar aos palcos depois do confinamento para travar a Covid-19 e um exemplo é Salvador Sobral que retoma, em julho e agosto, uma digressão com vários projetos que passam por Portugal, Espanha e Itália.

O músico português é um dos 45 artistas de toda a Europa que assinaram uma carta a pedir aos líderes da União Europeia grande investimento no setor cultural, alegando que provou ser grande "fonte de conforto durante a pandemia".

No orçamento de longo prazo aprovado pelo Conselho Europeu, o programa Europa Criativa ficou com 1600 milhões de euros, recebendo um ligeiro aumento face à proposta da Comissão.

Paul Dujardin, um diretor artístico belga que também assinou a carta, defende que, face à crise no setor, outros instrumentos de investimento no plano de recuperação devem ser usados na cultura para promover a inovação.

"Acho que o futuro do orçamento comum nos próximos anos estará muito mais nas mãos dos artistas, se puderem ter uma visão clara do que é possível fazer. Precisamos de mostrar muita empatia para com os artistas porque precisamos de ideias. Se não houver ideias criativas, não haverá inovação", disse Paul Dujardin, em entrevista à euronews.

"A arte volta a unir a Bélgica" foi a iniciativa mais recente de Bozar, a maior instituição cultural do país, tendo criado murais em três cidades celebrar o dia nacional, a 21 de julho. Mas o seu diretor diz que é importante que a Europa não perca terreno na cena internacional.

"É preciso ver como vamos poder competir outras potências regionais tais como os EUA, a China e outros países. Como é que a fantástica Europa criativa, na qual muitas vezes os artistas são os primeiros a fazer a diferença, poderá ajudar a estimular o investimento e a ter uma visão a longo prazo em termos de co-produções e de investimento em geral", afirmou paul Dujardin.

Menos verba para Erasmus+

As restrições à mobilidade também afetaram fortemente os estudantes que sonhavam em participar no Erasmus+, um dos programas de educação da União Europeia mais populares e famoso mundialmente.

A Comissão Europeia havia proposto alocar 2400 milhões de euros, mas o Conselho reduziu a verba para pouco mais de 2100 milhões de euros.

O Parlamento Europeu está contra esses cortes, especialmente porque votará uma resolução, em setembro, a pedir que este programa tenha um papel mais relevante no Pacto Ecológico.

"Não existe um incentivo para a mobilidade ecológica, diz-se sempre para escolher a via mais barata e mais rápida, mas essa opção nem sempre é a mais ecológica. Portanto, devemos levar em consideração o comboio e outros transportes, aceitando reembolsar opções um pouco mais caras que as empresas de baixo custo, mas que são mais virtuosas em termos ecológicos", defendeu Laurence Farreng, eurodeputada liberal francesa, em entrevista à euronews.

A Comissão Parlamentar de Cultura defende a criação de um rótulo ecológico para o Erasmus+, bem como para os programas Europa Criativa e Corpo Solidário.

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