Svetlana Tikhanovskaya, uma professora de inglês, sem experiência política e com o marido preso, foi catapultada para a liderança da oposição e candidatou-se às eleições presidenciais da Bielorrússia onde enfrenta Alexandre Lukashenko que procura um sexto mandato consecutivo.
Três mulheres na frente de combate político ao homem que ficou conhecido como o último grande ditador da Europa, Alexandre Lukashenko.
As três têm os maridos ou companheiros de partido na prisão ou no exílio e já receberam ameaças, mas parece haver um vento de mudança no país já que uma professora de inglês, Svetlana Tikhanovskaya, sem experiência política se tornou no ícone da oposição arrastando multidões por onde passa, um facto inédito desde os tempos que precederam o colapso do regime soviético no país.
Tikhanovskaya, esposa de um blogger crítico do governo, que se encontra atrás das grades desde maio, reuniu 20 mil pessoas num comício na pacata cidade de Brest e em Minsk esteve perante 60 mil.
A professora de inglês tem reafirmado o propósito de, quando se tornar presidente da Bielorrússia, realizar novas eleições justas, livres e transparentes.
Tikhanovskaya avançou para a liderança da oposição depois de dois críticos do governo e possíveis candidatos terem sido declarados inelegíveis. Valery Tsepkalo, exilou-se ao receber a informação de que estaria prestes a ser preso e a perder a custódia dos filhos, Viktor Babariko, foi detido, acusado de branqueamento de capitais e evasão fiscal,
O trio feminino uniu-se e encarna aquela que será a oposição mais sólida a Alexandre Lukashenko que procura o seu sexto mandato presidencial. A agora principal líder da oposição quer mudanças no país já nas eleições de domingo. Para isso foi obrigada a enviar os dois filhos para o estrangeiro depois de ter recebido ameaças.