Bruxelas pede eleições justas na Bielorrússia

Bruxelas pede eleições justas na Bielorrússia
Direitos de autor AP Photo/Sergei Grits
De  Maria Barradas com Reuters, AFP
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Após a detenção de candidatos da oposição à eleição presidencial na Bielorrússia, Bruxelas pede eleições justas e respeito pelo estado de direito.

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Milhares de pessoas apoiam, nas ruas de Minsk, a capital da Bielorrússia, os opositres ao regime que foram detidos.

As autoridades detiveram, entre outros, Viktor Babaryko, o principal rival do presidente Alexander Lukashenko, na eleição presidencial prevista para o próximo dia 9 de agosto.

Babaryko e o filho foram detidos quando se preparavam para entregar as assinaturas necessárias à candidatura à eleição.

Bruxelas já reagiu. A presidente da Comissão Europeia disse que "O respeito dos direitos e liberdades fundamentais é essencial". As autoridades bielorussas devem prever uma contenda política justa e competitiva para as eleições do dia 9 de Agosto". Todos os activistas detidos arbitrariamente devem ser imediatamente libertados. O Estado de direito tem de ser respeitado".

Ursula Von de Leyen lembrou ainda que "o povo bielorrusso está a pedir eleições democráticas".

As declarações da líder da União Europeia foram proferidas durante a conferência online da parceria estratégica da União Europeia com os países da Europa do leste, onde se incluem a Arménia, o Azerbaijão, a Geórgia, a Moldávia, a Ucrânia e a própria Bielorrússia.

O presidente Lukashenko, que governa o país desde 1994, procura um sexto mandato. O seu principal rival, Viktor Babaryko, é um antigo banqueiro, de 56 anos que, segundo as autoridades bielorrussas, terá sido detido por "suspeita de crimes financeiros".

Detido foi também o filho de Babaryko, que dirige a campanha eleitoral do pai, alegadamente por evasão fiscal.

Ivan Tertel, chefe do Comité de Controlo Estatal, disse à agência noticiosa francesa, AFP, que "Babaryko está detido porque era o organizador e líder de actividades ilegais e tentou influenciar o testemunho de testemunhas."

Babaryko foi chefe do Belgazprombank, uma filial bielorrussa da gigante russa da energia Gazprom, antes de entrar na política.

A sua detenção ocorre num momento de maior pressão sobre os críticos do governo, antes das eleições de Agosto. O proeminente político da oposição, Mikola Statkevich, também foi recentemente detido.

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