Israel e EAU anunciam planos com vista à normalização e relações diplomáticas
Um acordo histórico, foi assim que o presidente norte-americano Donald Trump descreveu o acordo anunciado esta quinta-feira entre Israel e os Emirados Árabes Unidos que concordaram em normalizar relações.
Segundo o acordo, Israel aceita suspender o controverso plano de anexação de partes da Cisjordânia.
"Todos diziam que era impossível. É um momento histórico. Desde o tratado de paz entre Israel e a Jordânia, assinado há mais de 25 anos, que não se registavam tantos progressos em direção à paz no Médio oriente", afirmou o presidente norte-americano, Donald Trump.
O primeiro-ministro israelita reagiu nas redes sociais classificando o acordo como um "dia histórico".
"Hoje começa uma nova era de paz entre Israel e o mundo árabe. É o maior progresso em direção à paz entre Israel e o mundo árabe dos últimos 26 anos" disse o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu durante um discurso televisivo.
O Príncipe Mohammed bin Zayed Al-Nahyan anunciou igualmente o acordo com Israel afirmando que vai interromper a anexação de territórios palestinianos. Os Emirados Árabes Unidos também concordaram em cooperar e definir um roteiro com vista a estabelecer uma relação bilateral com Israel", disse o líder árabe.
O movimento palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, reagiu ao anúncio afirmando que não serve em absoluto a causa palestiniana.
"Este acordo não faz nada em prol da causa palestiniana, servindo a narrativa sionista. Este acordo encoraja a ocupação por parte de Israel que continua a negar os direitos do nosso povo palestiniano e mesmo continua os crimes contra o nosso povo", adiantou o porta-voz do Hamas, Hazem Qasem.
Fontes oficiais afirmam que os palestinianos anunciaram a retirada do seu embaixador nos EAU a propósito do acordo com Israel.