No entanto, antes do ato eleitoral teria que ser aprovada uma nova constituição para o país
Depois das manifestações de protesto seguem-se as greves.
Há nove dias que o governo da Bielorrússia enfrenta uma vaga de indignação sem precedente na sequência das eleições presidenciais de 9 de agosto.
Os manifestantes afirmam que o ato eleitoral foi marcado pela fraude.
Esta segunda-feira, o presidente Lukashenko deslocou-se a uma fábrica de tractores na capital Minsk mas foi confrontado com gritos de protesto de mais de 5 mil trabalhadores em greve.
Lukashenko prometeu novas eleições mas só depois de aprovar a nova constituição.
"Precisamos de aprovar uma nova constituição que até a oposição vai aceitar. É preciso aprová-la em referendo porque a constituição anterior também foi aprovada num referendo. E, com base na nova constituição e se vocês quiserem vamos realizar novas eleições: para o parlamento, a presidência e os órgãos dos governos locais", prometeu o presidente Alexander Lukashenko.
A Comissão Europeia está a considerar o alargamento das sanções que já impôs sobre o país.
O porta-voz do governo alemão apelou ao diálogo.
"As autoridades devem evitar o recurso à força contra manifestantes pacíficos. Em segundo lugar, os prisioneiros políticos devem ser libertado imediatamente e incondicionalmente. Em terceiro lugar, é necessário um diálogo nacional entre o governo, a oposição e a sociedade a fim de ultrapassarem esta crise", afirmou Steffen Seibert, porta-voz da Chanceler Angela Merkel.
As manifestações pacíficas da semana passada foram alvo de violência por parte da polícia.
Pelo menos sete mil pessoas foram detidas pelas autoridades. Há a lamentar pelo menos um morto assim como centenas de feridos.