Presidente bielorrusso apupado em Minsk

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Direitos de autor Nikolai Petrov/BelTA
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De  Ricardo Borges de Carvalho com AP, AFP
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Alexander Lukashenko foi recebido com uma manifestação com dezenas de pessoas, numa visita a uma fábrica de produtos agrícolas e do palanque respondeu: "Tenho dito. Agora podem gritar "vai-te embora"!"

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Foi com um mar vermelho e branco, as cores da oposição na Bielorrússia, e um coro de protestos que o Presidente Alexander Lukashenko foi recebido esta segunda-feira quando se preparava para visitar uma fábrica de equipamento agrícola em Minsk.

Centenas de manifestantes apuparam o chefe de estado quando chegou de helicóptero e Lukashenko respondeu do palanque.

"Obrigado, já disse tudo. Agora podem começar a gritar "vai-te embora"!"
Alexander Lukashenko
Presidente da Bielorrúsia

Entretanto, a antiga candidata presidencial bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya diz estar pronta para assumir as suas responsabilidades e tornar-se uma líder nacional.

Entrevistada pela Euronews, a analista política Katsiaryna Shmatsina, do Instituto Bielorrusso de Estudos Estratégicos em Kiev, na Ucrânia, considerou que o facto de não haver nesta altura uma figura de oposição na Bielorrússia, pode ajudar os manifestantes. Segundo Shmatsina "como não há um líder claro da oposição que as autoridades de Lukashenko possam atacar e ameaçar, talvez seja mesmo o melhor, neste momento".

Na rede social twitter, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, diz que vai realizar uma cimeira de emergência por videoconferência, esta quarta-feira, para discutir a situação na Bielorrússia.

Também no twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido diz que o governo britânico não reconhece nem aceita os resultados das chamadas eleições presidenciais "injustas".

Reações que acontecem depois de no domingo, milhares de pessoas terem saído às ruas de Minsk naquele que foi o maior comício na história recente do país. Os manifestantes contestam os resultados eleitorais e condenam a repressão policial que se seguiu às eleições.

O Presidente Lukashenko já rejeitou todos os pedidos para se demitir.

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