O regime de Aleksander Lukashenko enfrenta a crise mais grave em 26 anos
Dezenas de milhares de bielorrussos marcharam este domingo em Minsk para exigir um novo país.
Nas ruas da capital, os apoiantes de Lukashenko foram ultrapassados por aqueles que pedem a saída do presidente e que desafiaram as autoridades ao desfilarem na direção da manifestação de apoio.
Os manifestantes exigiram a libertação dos presos políticos e o fim da repressão violenta dos protestos. Querem que todos os responsáveis "sejam acusados em tribunal".
Pelo menos duas pessoas foram mortas na agitação que se seguiu às eleições presidenciais. Mas estes manifestantes falam em quatro vítimas mortais nos confrontos, denunciam tortura nos centros de detenção e garantem que não há uma única família que não tenha sido afetada por esta “tragédia”.
É muito difícil prever o futuro da Bielorrússia. O encontro de multidões rivais na Praça da Independência, este domingo, mostrou um país dividido.
Agora, a principal dúvida é saber até que ponto vão ser ouvidas todas as opiniões de quem votou nas presidenciais de 9 de agosto.