A ausência de Trump e as alterações no processo eleitoral estão a tomar conta da campanha para a liderança da Casa Branca.
Se os apoiantes de Donald Trump, na sede do partido em Wisconsin, ficaram desmoralizados com a ausência temporária do candidato republicano, ninguém o mostra.
Ken Brown trabalha para o partido e confirma não estar preocupado. "Não acho que Donald Trump vá perder um único apoiante por causa desta situação".
E se os apoiantes de Joe Biden, nesta sede do partido democrata, estão entusiasmados com o palco todo para o candidato à Casa Branca, também não o demonstram.
"Neste momento, não creio que tenha grande impacto na corrida", afirma Greg Walz-Chojnacki, a trabalhar como voluntário para os Democratas.
Trump tinha dois comícios neste estado norte americano programados para o fim-de-semana passado. Eventos lotados, onde as máscaras não seriam regra.
Desde o início da pandemia, Joe Biden tem usado máscara em público e apelou aos apoiantes a fazer o mesmo. Já Donald Trump tem continuamente ignorado as regras sanitárias e até feito pouco do uso de máscara.
A postura tem sido seguida pelos apoiantes do candidato republicano, que aparecem nos eventos sem proteção e se insurgem contra quem respeita as medidas sanitárias.
Thom Serafin, analista político, defende que o partido Republicano está em negação e que o facto de Trump ter covid-19 está a obrigar os republicanos a falar sobre o vírus, algo que não queriam fazer.
"Tornou-se numa parte importante da campanha, porque têm de usar máscara, têm de fazer tudo o que ouviram dizer no hospital", afirma.
Em todo o país, o coronavírus continua a dar origem a mudanças eleitorais; no Wisconsin, como em outros estados, os boletins de voto foram enviados por correio a milhões de eleitores, para que não tenham de comparecer às urnas.
Nos tribunais debate-se agora quanto tempo após eleições, terão os funcionários para contar os votos por correspondência. Atualemente, no Wisconsin, têm seis dias.
Para uns e outros, um ponto é assente: a campanha é para continuar.