Nova Caledónia repete "sim" indireto à União Europeia

Mais de 53% votaram pelo "sim" à soberania de França na Nova Caledónia
Mais de 53% votaram pelo "sim" à soberania de França na Nova Caledónia Direitos de autor AP Photo/Mathurin Derel
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De  Francisco Marques
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Emmanuel Macron agradeceu a confiança na República francesa, mas este segundo referendo em dois anos pode não ser ainda definitivo como previsto no Acordo de Nouméa

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A Nova Caledónia decidiu manter-se sob a soberania de França e por conseguinte a ligação indireta à União Europeia.

Após o segundo referendo em dois anos, registou-se uma queda de três por cento nos eleitores favoráveis à soberania europeia, mas ainda continuam a ser a maioria.

Mais de 53% por cento de um universo acima dos 180 mil eleitores aprovaram continuar a fazer parte de França e por conseguinte a usufruir do estatuto de cidadãos europeus apesar dos mais de 16 mil quilómetros de distância da república a que pertencem há quase 170 anos.

Em relação ao referendo de 2018, a participação foi agora mais elevada: acima dos 85% contra os 81% de há dois anos.

Macron agradece a confiança

Numa mensagem vídeo após a confirmação do resultado, o presidente Emmanuel Macron agradeceu o voto de confiança na República francesa e prometeu trabalhar com os pró-independentistas no desenvolvimento de uma moderna Nova Caledónia.

A decisão de manter a soberania francesa neste arquipélago do Pacífico sul, situado a leste da Austrália, pode no entanto não ser ainda definitiva.

Este segundo referendo faz parte de um pacote de três previstos no acordo de Nouméa ratificado em 1998.

De acordo com o texto do tratado, casos os dois primeiros tenham resultado no "não à independência", um terceiro referendo pode ser realizado em 2022.

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