O referendo, que pontua 30 anos de descolonização progressiva, é acompanhado de perto por Paris, a 18.000 km de distância
A França ou a "Kanaky"? Estas são as opções no referendo deste domingo sobre a autodeterminação, dadas aos eleitores da Nova Caledónia, pequeno mas estratégico território insular francês no Pacífico com 270 mil habitantes.
Kanaky é o nome dado às ilhas pelos independentistas que prometem inúmeras reformas. Contra estão os que alertam para o perigo de um território independente ser engolido pela China.
São quase 175 mil eleitores num arquipelado francês colonizado em 1853 e com importantes reservas de níquel. A consulta popular, que pontua 30 anos de descolonização progressiva, é acompanhado de perto por Paris, a 18 mil km de distância.
O referendo, previsto pelo acordo de Nouméa assinado em 1998, pretende continuar o trabalho de reconciliação entre os Kanak, povos indígenas do território, e os Caldoches, população de origem europeia, iniciado com os acordos de Matignon em 1988 assinados após a violência nos anos 80, que culminou na insurreiçãoque resultou em 25 mortes.