"Vaga de renovação" para modernizar habitação na UE

"Vaga de renovação" para modernizar habitação na UE
Direitos de autor Luca Bruno/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Isabel Marques da SilvaChristopher Pritcher
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Cerca de 85 % dos edifícios na União Europeia foram construídos há mais de 20 anos, quando muitas das medidas atuais para poupança de energia ainda nao tinham sido implementadas.

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Nos próximos dez anos, 35 milhões de edifícios da União Europeia poderão ser remodelados para que tenham consumos de energia mais baixos.

A habitação é uma área vital para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa pelo que a Comissão Europeia criou o programa "Vaga de Renovação", com orientações para usar neste setor parte do fundo de recuperação pós-pandemia até 2023.

“Esta estratégia irá oferecer grandes oportunidades para embelezar as cidades e as zonas rurais, para arranjar imediatamente mais trabalho para as pessoas. Esta é uma das áreas onde se pode combinar um objetivo de longo prazo com resultados imediatos, já a curto prazo, refletidos em impactos positivo para as pequenas e médias empresas que poderão fazer estes trabalhos de renovação. É algo que terá um impacto positivo na qualidade das residências, escolas e outros edificios", disse  Frans Timmermans, vice-Presidente-executivo da Comissão Europeia.

A construção das infraestruturas e os gastos para manter a temperatura ambiente fazem com que os edifícios sejam responsáveis por cerca de 40% do consumo de energia e 36% das emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia.

Com este esforço de renovação, o executio comunitário estima que poderão ser criados até 160 mil novos empregos na construção.

Combater pobreza energética

A medida visa combater, também, a pobreza energética, já que 34 milhões de europeus não têm dinheiro para manter as suas casas aquecidas,

"Há duas perspetivas. Em primeiro lugar, do ponto de vista dos moradores, seja de apartamentos ou de moradias, a renovação a nível energético vai fazer baixar as contas que pagam ao final do mês pela energia consumida", explicou Cédric de Meeûs, relações públicas numa empresa de construção civil belga.

"Em segundo lugar, os proprietários dos edifícios que quiserem implementar o programa de renovação receberão incentivos para essa transição ecológica, seja através de melhores condições de acesso a financiamento, seja através de subsídios diretos", acrescentou.

A Comissão Eurpeia quer começar por promover a renovação de escolas, hospitais e habitação pública para a população mais pobre.

O Parlamento Europeu e os ambientalistas destacam o desafio de renovar o grande parque de edifícios residenciais que representa 75% da área construída na União.

"Se analisar o relatório do Parlamento Europeu ou o que os cientistas dizem acerca do que deve ser feito para, efetivamente, chegar, em 2050, à neutralidade de emissões poluentes, precisamos que a poupança energética nos edifícios seja de 3% ao ano e não de apenas 2%. Porque é que nao se é mais ambicioso?", questiona Stephane Arditi, ambientalista no Gabiente Europeu do Ambiente.

Cerca de 85 % dos edifícios na União Europeia foram construídos há mais de 20 anos, quando muitas das medidas atuais para poupança de energia ainda nao tinham sido implementadas.

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