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Apoio do Papa à união de homossexuais entre o aplauso e a surpresa

Apoio do Papa à união de homossexuais entre o aplauso e a surpresa
Direitos de autor Gregorio Borgia/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Teresa Bizarro
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As declarações de Francisco não fazem doutrina na Igreja Católica, mas abrem a porta a uma nova posição de Roma

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O Papa Francisco já tinha aberto a porta da Igreja aos homossexuais, agora põe na mesa o direito a constituírem família. A declaração faz parte de um documentário sobre o Papa que se estreou no Festival de Cinema de Roma.

Palavras que causaram surpresa nos setores mais conservadores, mas que receberam aplausos em todo o mundo. Antonio Guterres, UN Secretary General

Esta é uma demonstração clara de um princípio fundamental, que é o princípio da não discriminação
António Guterres
Secretário-geral da ONU

Francis DeBernardo, diretor da New Ways Ministry, uma organização norte-americana de apoio a católicos da comunidade LGBT, diz manifesta-se surpreendido de uma forma muito positiva. "Não esperaria uma declaração destas de um Papa nas próximas duas gerações pelo menos," afirma.

Os homossexuais têm o direito a pertencer a uma família. São filhos de Deus e têm direito a uma família.
(...)
Temos de criar uma lei de união civil. Assim beneficiam de proteção legal.
Papa Francisco

Ao defender o direito a constituir família, Francisco mantém a figura do casamento reservada às uniões entre um homem e uma mulher. No caso dos homossexuais, diz que é preciso criar uma união civil para proteger legalmente as relações entre pessoas do mesmo sexo.

As palavras de Francisco no documentário não chegam para mudar a doutrina da Igreja e nem todos os católicos as aceitaram sem reservas. A posição oficial da Igreja Católica sobre esta matéria foi fixada no tempo de João paulo II. Define as relações homossexuais como estando contra a lei moral natural.

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