Farmacêutica americana espera ter vacina no mercado ainda em 2020.
"Um grande dia para a ciência e para a humanidade". Foi assim que o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, anunciou o mais recente marco no combate à covid-19. A farmacêutica americana anunciou, esta segunda-feira, ter desenvolvido, em consórcio com a alemã BioNTech, uma vacina com mais de 90% de eficácia contra o coronavírus.
A revelação foi feita no Twitter, onde a Pfizer confirmou a eficácia da vacina em participantes sem sinais prévios de infeção por SARS-CoV-2.
No total, 43 538 voluntários participaram na fase 3 dos ensaios clínicos. Entre os participantes, foram confirmados 94 casos positivos de covid-19, que permitiram à farmacêutica comprovar a eficácia da vacina sete dias após a segunda dose.
Com base nas atuais projeções, a Pfizer espera produzir globalmente até 50 milhões de doses de vacinas em 2020 e até 1,3 mil milhões de doses em 2021.
A empresa vai apresentar um pedido, este mês, para que a vacina possa ser aplicada em situações de emergência, nos Estados Unidos, no entanto, adverte para a possibilidade de a taxa de eficácia mudar quando o estudo chegar ao fim.
As autoridades sanitárias mostram-se mais prudentes e alertam para a baixa probabilidade de uma vacina chegar ao mercado antes do final do ano. Conforme ressalva o investigador clínico do Instituto de Investigação do Hospital Geral de Toronto, Isaac Bogoch, "não temos os resultados finais do ensaio, para demonstrar quão eficaz esta vacina pode ser e qual é o perfil de segurança", portanto, será melhor "ver o que os resultados finais mostram antes de celebrarmos".