Violência nas ruas de Banguecoque

A violência irrompeu na Tailândia entre manifestantes pró-democracia e grupos pró-monarquia em frente ao Parlamento na capital, Banguecoque.
Antes os manifestantes pró-democracia e a polícia envolveram-se em confrontos separados que levaram ao recurso a canhões de água.
Alguns procuraram proteção debaixo de patos de borracha que os manifestantes queriam lançar ao rio durante o debate parlamentar que teve início esta terça-feira.
"Há muitos feridos, muitas estão na ambulância. Estamos aqui apenas para apelar à democracia. Porque é que têm de nos agredir com água? Não entendo", afirma um manifestante pró-democracia que participou na manifestação.
No interior do parlamento, os deputados debateram propostas de alteração da constituição, uma das exigências do movimento estudantil pró-democracia.
Em cima da mesa estão sete propostas constitucionais que deverão ser votadas ao longo de dois dias na Câmara e no Senado.
As propostas serão votadas mas não se espera que o parlamento venha a acordar alterações específicas a incluir numa nova constituição.
Várias centenas de apoiantes da monarquia manifestaram-se igualmente.
Os apoiantes da monarquia afirmam que as propostas de alteração da Constituição de 2017 ameaçam a monarquia.
"Esta constituição é apoiada por muitas pessoas porque evita a corrupção", afirmou Haruthai “Au” Muangbunsri, uma apoiante do movimento dos "camisas amarelas" que apoiam a monarquia.
Desde julho que os estudantes exigem o afastamento do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha que assumiu o poder na sequência de um golpe de estado em 2014, assim como a reforma da constituição imposta pelos militares.
Alguns exigem ainda reformas na monarquia, uma questão tabu que lançou o alarme em toda a sociedade tailandesa.
Espera-se que o parlamento vote na quarta-feira quais as novas propostas que serão debatidas.