Padrões de consumo ajudam às alterações climáticas

Padrões de consumo ajudam às alterações climáticas
Direitos de autor Martin Meissner/AP Photo
De  Nara Madeira com AFP, AP
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Hábitos de consumo impõem-se às restrições ligadas à Covid-19 e não permitem reduzir concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera.

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"A pandemia de Covid-19 não é uma solução para as alterações climáticas", quem o diz é o Secretário-geral da Organização Mundial de Meteorologia e na sequência da apresentação de um novo relatório relativo aos gases com efeito de estufa, emissões e concentração dos mesmos na atmosfera.

O documento dá conta de que as restrições impostas em vários países reduziram as emissões de muitos poluentes, entre eles o dióxido de carbono, mas não reduziu os níveis destes gases, que tinham já batido recordes, ou seja, reduziram-se as emissões mas não foi suficiente para diminuir a concentração destes gases.

O resultado é que o calor continua a ficar, digamos, "preso" na atmosfera o que leva ao aumento das temperaturas.

Oksana Tarasova, que trabalha para a referida organização explica que "o impacto da Covid nas emissões está entre os 4 e os 7 por cento, portanto, apesar de parecer que o mundo esteve parado" a redução não foi substancial. São os padrões de consumo que "conduzem a emissões extremamente elevadas", explica, porque "mesmo estando presos e com mobilidade reduzida" o bloqueio é apenas um limite à nossa liberdade de movimentos, "não aos nossos hábitos de consumo".

Mas o confinamento permite começar a pensar numa transformação completa dos nossos sistemas industriais, de energia e de transportes. Mudanças que, diz o secretário-geral do organismo, podem conduzir a uma ação mais "sustentada e ambiciosa" com vista a encontrar o equilíbrio.

Os gases com efeitos de estufa na atmosfera atingiram o nível mais elevado desde que há registo. A organização alerta para o facto de que se estão a criar condições climáticas extremas, entre elas o degelo, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos.

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