Mas seis países ultrapassaram mesmo o valor limite da União Europeia para partículas finas: Bulgária, Croácia, República Checa, Itália, Polónia e Romênia.
A qualidade do ar melhorou nos últimos dez anos na União Europeia, segundo o relatório publicado, segunda-feira, pela Agência Europeia do Ambiente,
Os níveis de poluição por dióxido de azoto, um dos principais gases de efeito estufa, caíram significativamente entre 2009 e 2018.
“Este ano, a diminuição de partículas finas, em geral, para toda a Europa foi de 22%. Temos assistido, também, a uma diminuição do dióxido de azoto, que é um poluente que tem, sobretudo, origem no tráfego automóvel. Nesse caso, a diminuição foi de cerca de 24%", afirmou Alberto González Ortiz, especialista em qualidade do ar na agência.
Mas não há apenas boas notícias no relatório, que alerta para lento progresso no setor agrícola e no setor do aquecimento habitacional.
Pandemia ajudou a limpar o ar
Em termo de impacto do confinamento por causa da pandemia de Covid-19, houve melhorias dramáticas na qualidade do ar durante a primeira vaga da doença.
"Assistimos a uma redução de até 70% na concentração de dióxido de azoto nas estações que monitorizaram o tráfego em Espanha e Itália, dois dos países onde as medidas de confinamento implementadas foram muito restritivas. Houve, também, uma redução nas partículas finas, embora não tão grande quanto no dióxido de azoto. Contudo, foi detetado menos 35% de partículas finas nessas estações de monitorização de tráfego", explicou o especialista.
A poluição do ar causou a morte prematura de quase 400 mil pessoas na União Europeia, em 2018.
Seis países ultrapassaram mesmo o valor limite da União Europeia para partículas finas: Bulgária, Croácia, República Checa, Itália, Polónia e Roménia.