Irão acusa Israel pela morte de cientista

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De  Euronews
Mohsen Fakhrizadeh, à direita na imagem
Mohsen Fakhrizadeh, à direita na imagem   -  Direitos de autor  AP/AP

Israel estará por trás do homicídio de Mohsen Fakhrizadeh, diz o governo iraniano, que promete retaliações pela morte do proeminente cientista. Fakhrizadeh não resistiu aos ferimentos na sequência da emboscada ao veículo em que se deslocava nos arredores de Teerão.

O general Amir Hatami, ministro da Defesa, veio declarar que se tratou de "uma operação terrorista". Fakhrizadeh estava oficialmente à frente do departamento estatal de Pesquisa e Inovação. 

Mas para alguns países, incluindo Israel, era na verdade o responsável pelo alegado programa nuclear iraniano com fins militares, tendo sido, nesse sentido, o único nome a figurar no relatório final que a Agência Internacional de Energia Atómica fez em 2015.

O responsável diplomático iraniano, Mohammad Javad Zarif, escreveu no Twitter que "esta covardia - com sérios indícios do papel de Israel - revela as intenções bélicas dos seus autores". Zarif apela à condenação internacional deste crime, sobretudo por parte da União Europeia.

Em 2018, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falava precisamente neste cientista como o mentor da corrida iraniana ao armamento nuclear.

A história repete-se: há quase dez anos, era assassinado um outro cientista, Majid Shahriari, com Teerão a apontar o dedo a Israel.

Já no início deste ano, um ataque aéreo americano matou o general Qassem Soleimani, que comandava a força de elite dos Exército dos Guardiães da Revolução, o que levantou amplos receios sobre o eclodir de um conflito armado com os Estados Unidos.