Dinamarca deixa de explorar petróleo no Mar do Norte até 2050

Dinamarca deixa de explorar petróleo no Mar do Norte até 2050
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De  Ricardo Figueira
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A decisão pretende tornar o país mais "verde" e menos dependente das energias fósseis. A Greenpeace aplaude, mas nem todos estão de acordo.

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A exploração de petróleo e gás no Mar do Norte por parte da Dinamarca tem os dias contados. O país cancelou a última ronda de licenciamento e decidiu acabar com esta atividade até 2050. Anunciou que está "a pôr um fim à era dos combustíveis fósseis", dando mais um passo para se tornar um país mais verde.

Dan Jørgensen, Ministro do Clima, Energia e Utilidades, diz: "A Dinamarca deve ser um exemplo de liderança verde e uma das formas de o fazer é colocar uma data final na extração de petróleo, mesmo se é o maior produtor de petróleo na União Europeia. Se pararmos antes de 2050, o preço seria muito mais elevado e o efeito climático também".

A Dinamarca tem 20 campos de de petróleo e gás e 55 plataformas de perfuração offshore. É o produtor número um na União Europeia, sendo que os dois maiores produtores europeus, Noruega e Reino Unido, são países não-membros da UE. A decisão agora aprovada pelo parlamento dinamarquês está a provocar preocupação no setor.

O diretor executivo da empresa responsável pela exploração do Mar do Norte pela Dinamarca, Jesper Høj Hansen, diz estar "aborrecido e preocupado, porque a grande reorganização verde que está a haver na indústria do petróleo e gás no país significa que a Dinamarca quer continuar a ser pioneira". Diz ainda que que "o fim da exploração de petróleo no Mar do Norte pode também significar o fim da energia eólica".

O fim da exploração de gás e petróleo no Mar do Norte pode significar também o fim da energia eólica (na Dinamarca).
Jesper Høj Hansen
CEO da North Sea Denmark

Já a organização ecologista internacional Greenpeace diz que esta decisão é "histórica para a necessária eliminação gradual dos combustíveis fósseis e uma vitória para o movimento em defesa do clima".

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