Pescas e acesso às águas territoriais britânicas permanecem o principal obstáculo
A incerteza continua a pairar sobre o futuro das relações entre o Reino Unido e a União Europeia.
Tudo sugere que as pescas e o acesso das frotas europeias às águas territoriais britânicas seriam o principal obstáculo à conclusão de um acordo.
Na sexta-feira, o responsável europeu pelas negociações, Michel Barnier, anunciou que restavam apenas poucas horas para os dois lados concluirem o processo.
A partir de janeiro, Portugal assume a presidência rotativa da UE e ocupará um lugar central na implementação das novas regras.
Falando à euronews, o ministro português dos negócios estrangeiros, Augusto Santos Silva, deixou claro que os próximos meses seriam difíceis.
"Eu tenho um imenso respeito pelas negociações, agora, sobre quotas de pesca, mas ponho-as no seu devido lugar. E mesmo que não haja agora sobre as quotas de pesca, mesmo que não haja acordo agora sobre as condições de concorrência, nós teremos certamente que trabalhar muito com o Reino Unido no próximo semestre em matéria de coordenação da política externa, em matéria de cooperação na segurança, defesa e combate ao terrorismo e em matéria de facilitação nos contactos entre pessoas", afirmou.
Um relatório parlamentar britânico alerta para a falta de preparação das empresas e dos portos para lidarem com a burocracia decorrente dos novos controlos alfandegários.